domingo, setembro 05, 2010

UMA IMAGEM: Vida palafita, Congós, Macapá







Existem equações possíveis para definir o que vem a ser a relação entre necessidade e criatividade? Muito disso, certamente, temos em vários lugares, situações, desafios. Imaginar que a criatura humana adapta seus propósitos ou situações-ambientes de acordo com seus propósitos. Habitar é uma realidade. Ocupar o espaço uma necessidade. Ou seria o oposto. Que não se diga que é algo ruim, uma maneira negativa de estar no mundo. É o que foi possível, é mais próximo. Para análises lineares demais, poderia ser visto como o circulo fechado do comodismo, da falta de rigor com a construção da própria vida. É possível. Mas, tenhamos a flexibilidade de pensar um tantinho mais naquilo que o antropólogo americano Clifford Geertz diz em seu texto A Interpretação das Culturas (LTC, Rio de Janeiro, 1989): “O homem é concebido para viver mil vidas, mas acaba escolhendo somente uma”. O motivo da escolha é o mistério de ser em sociedade. A aqui temos espaços abertos para visões várias, da filosofia, religião, antropologia, sociologia... Para quem vive na região norte do Brasil (mas não é caso exclusivo) facilmente se depara com esse tipo de criatividade na ocupação dos espaços, mas que a tal “virtude empreendedora” não seja vista como aspecto de certa vulgarização de positividades, mas é resultado do processo de ocupação do solo urbano quando faltam alternativas planejadas ou quando a necessidade sócio-econômica impera, ai é quando as invasões acontecem, a posse territorial é prática corrente nos rincões das capitais no Brasil.
Enviem sugestões de imagens para que possamos exercitar nossas imaginações. Esperamos idéias. Boas leituras.
Imagens: Luciano Magnus de Araújo. Arquivo pessoal, tiradas em 04 de setembro de 2010.

Luciano Magnus de Araújo
O editor

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