quinta-feira, maio 14, 2009

Um parlamento Brasil-União Européia: atribuições para um presente-futuro

As relações de fronteira sempre definem temas interessantes em pautas governamentais. Nesse sentido governos de países encontram como desafios equacionarem problemáticas que tocam desde questões de trânsito entre seus cidadãos, demandas econômicas e de desenvolvimento, violência, parcerias, reconhecimentos, além de outros temas mais relacionados à cooperação em infra-estrutura e ações colaborativas de saúde, dentre outros.

As relações de fronteira ao norte do Brasil que toca o estado do Amapá, tendo a Guiana Francesa em boa parte de sua extensão geográfica, oportunizam em tempos de ponte transfronteiriça, boas reflexões. Para além, no entanto, de se falar exclusivamente dos potenciais da ponte, tema que merece atenção, devido não somente as potencialidades, mas igualmente aos impactos, é bom que se diga que uma maior dinâmica entre o Brasil e a representação da Comunidade Européia aponta amadurecimento nas instituições políticas mundiais; e certamente tangencia a importância da presença internacional do Brasil em cenários que até então era vista como algo improvável. É nesse sentido, e diante desse renovado campo geopolítico regional e de blocos além mar, que as autoridades e as populações em geral, devem estar em sintonia sobre os desdobramentos das pautas e encaminhamentos do Parlamento que trata sobre as relações Brasil e União Européia. Definindo estratégias que reflitam problemas mundiais-locais sem que se perca o foco sobre a soberania dos países.

É salutar que em meio às relações de cooperação – e assim devem ser definidos conceitualmente os próximos encontros, projetos e ações, para que não caia no erro de se demandar etnocentrismos ou protagonismos em detrimento a relações igualitárias – seja discutido qual o papel do Brasil, certamente enquanto líder regional, e os países da Europa, encabeçado pela França. Mas essas mediações precisam contemplar um claro entendimento não somente no campo político-econômico. É de fundamental importância que seja discutida em relações multilaterais a troca tecnológica, educacional, simbólica, cultural, energética. Temas tão delicados assim precisam ser destacados e refletidos no resguardo das identidades produtivas, de geração de conhecimentos e saberes, de simbolismos e práticas, de relações com mananciais naturais ou derivados.

Ao mesmo tempo a ponte entre Brasil-Guiana Francesa desponta como símbolo e materialização de iniciativas, como potencial e oportunidade para que não se repita dramas sociais de outros lugares. Sobre esse último aspecto espera-se que o Amapá não se torne um estirão de ocupações e atividades produtivas sem planejamento como a via Teresina-Belém (BR-314). É urgente que o Parlamento reflita sobre problemas reais e potenciais: prostituição, tráfico de pessoas, corrupção, as terras indígenas cortadas pela BR-156 (trafego que será superdimensionado com a ponte), os impactos ambientais e humanos.

Pensar propostas e adiantamentos sobre interesses internacionais e locais quando a região em questão é a tão discutida Amazônia é estar num campo de desafios que de alguma maneira comprometem iniciativas e resultados se não forem equacionadas alianças que levem em consideração as particularidades dos povos, suas vicissitudes, suas potencialidades. E em meio ao que está em jogo nas relações possíveis do Parlamento Brasil-União Européia-Ponte Guiana-Oiapoque, tangencia relações de fronteira, mas temas cuja importância evidencia a complexa relação entre local-regional-nacional-mundial; esferas que exigem tato e diálogo entre todos os implicados. Sem esquecermos, ponto positivo ao Deputado Federal Bala Rocha (PDT/AP) por encampar essa iniciativa. Estamos observando!


Respiros

Por que será que a África é o único continente desse nosso planeta que não possui casos de infecção da Gripe A? Ou será que não houve pesquisa sobre o continente? Ou será que há anticorpos o suficiente diante de tudo de desafiador já vivido pelo continente onde tudo começou?

Quem se lixa para políticos que não se lixam para a população? Certamente é assim que a cena política no Brasil toma dimensões de telenovela. Onde sempre queremos ver mais, e sempre sabemos o enredo e fim.

Em Macapá tudo bem melhor que as chuvas que caem em partes do nordeste. Mas há problemas. Há mortes absurdas. Os taxistas são vitimas dos oportunismos de bandidos que não sabem como ganhar a vida a não ser tirando o brilho de outras pessoas. Autoridades acordem! Segurança pública, investigação científica e qualificada!

Enquanto isso, quais as iniciativas para políticas públicas para pesquisa e tecnologia? Será que os gestores locais pensam que realmente conseguem desenvolver um estado, uma cidade, um pais, com perspectiva de médio e longo prazo sem que haja investimento nesse campo da educação? Precisamos de apoio a pesquisa como geradora de conhecimento; precisamos de apoio a tecnologia como apoio a criatividade e empreendimento. Tudo isso visando o desenvolvimento racional, sustentável, cooperativo, democrático.

Será que a tendência do ensino superior será substituir o vestibular para ingresso por uma preparação para uma prova visando saber o que o aluno aprendeu ao final? Se a resposta for positiva, teremos um processo invertido e mais uma vez a instrumentalização do ensino para um fim específico e nada sintonizado com qualificações criticas e responsáveis, que por sua vez, não privilegiam somente o aluno, mas a competência da instituição. Será que as instituições irão apertar os professores para prepararem conteúdos visando o fim já falado, ou alunos irão solicitar conteúdos que vão “cair na prova”? Estamos observando!

Temos atividades novas no NEPPAC - www.neppac.blogspot.com - Participem!

Dúvidas, orientações e sugestões:

Msc. Luciano Magnus de Araújo.

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